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O RIBEIRO DA MINHA TERRA
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Na curva de Gabrielos
Há um ribeiro velhinho
Se queres que ele não morra
Cuida dele com carinho
As lavadeiras do ribeiro
Que lindas que elas são
Contam penas contam mágoas
Que lhe vão no coração!
Que lindo ficavas ó ribeiro
Quando te iam lavar
Tua água tão branquinha
Tuas pedras a brilhar
Tua nascente é ali
Dali corre para o rio
Do rio para o mar
O que ouves ó ribeiro
A ninguém podes contar
Continuem ó lavadeiras
No ribeiro a lavar
Porque roupa suja
Nunca vos vai acabar!
Nas minhas pedras esfregaste
O sujo que a roupa tinha
Roupa na minha água lavaste
Que a deixava tão branquinha
Já não sou o ribeiro que era!
Pelo meio me foram cortar
E lá puseram tanques
Em mim não vais lavar
Agora estou para aqui
Um pouco desprezado
Se esqueceram de mim
Deixaram-me abandonado
Se as pedras pudessem chorar
As saudades que sinto agora
Por esse ribeiro tão lindo
Que foi nos tempos doutrora!
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Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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