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ALMA TRISTE
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Inclinou a cabeça
Pra pensar no seu desgosto
Ali ficou sentada
Com a mão segurando o rosto!
Quem passava olhava
Nada ia dizer
A tristeza marcava
O pensamento envolvia
Todo o seu ser!
Era como a sua alma
Do corpo se desprendesse
Andasse por ali à deriva
E pelo mundo se perdesse
Num mundo de ilusões
Que ali mesmo idealizava
Numa profunda agonia
A lágrima que caía
Pelo seu rosto rolava
Ali na rua chorava
Durante um tempo ali ficou
Limpou o rosto com a mão
Levantou-se
Andou como que embriagada
A sua voz soluçava
Respirou fundo
Esperou que a brisa da tarde
Secasse o seu rosto
Para que mais ninguém
Visse o seu desgosto!
Compôs um sorriso
Apanhou um raminho
Um olhar mais atraente
E assim tão alegre
Enganaria toda a gente.
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Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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