Menu | O SONHO DÁ FORÇA À VIDA |
|
51 |
O GALO
♦♦♦
Mal o sol aparecia no horizonte, já o
galo todo se esganiçava a cantar,
có,córó,có có com a sua
voz muito fina, que só ele tinha.
Era um galo muito lindo, de bico
amarelo, crista vermelha e uma cauda de
penas coloridas, verdes, azuis, amarelas,
era lindo a valer e ele sabia que era o
galo mais lindo da capoeira
e sentia uma certa vaidade.
As galinhas não o largavam um só
instante sempre atrás dele, mas ele não
lhe ligava mesmo nada,porque elas eram
muito gordas para o gosto dele.
Quando vinham todos para o quintal,
gozar um pouco de liberdade e comer
ervinhas e pedrinhas pequeninas que os
galos e as galinhas gostavam, além do
milho que a dona lhes dava, as galinhas
não o deixavam em paz, sempre ao redor
dele, maneavam-se todas vaidosas para
lhe agradar, mas ele não lhes ligava
nenhuma e logo se afastava,
dando bicadinhas na verdura que
encontrava pela frente.
Até que um dia a dona das galinhas
pensou em ir á feira, comprar mais umas
galinhas para juntar àquelas que tinha na
capoeira, então o galo ao vê-las ficou
radiante, porque ali estava uma, que era
a galinha dos seus sonhos
e por ela ficou enamorado.
Era uma galinha muito linda toda
branquinha, passaram a andar sempre os
dois muito juntinhos, as outras galinhas
ficaram cheias de ciúmes, mas ele queria
lá saber só tinha olhos para a sua
branquinha, que era um encanto,
então o galo de tão contente e para lhe
agradar ainda mais cantava todo
arrebitado, có,córó,có có fizeram tal
amizade que nunca mais se
separaram.
Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
Copyright ©