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A VIDA NA ALDEIA
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Numa casinha muito humilde
Onde o sol podia entrar
Vivia uma senhora
Sozinha no seu lar!
Com o balido dos animais
O cantar do galo
E dos passarinhos
Se sentia muito bem
Ali no seu cantinho!
E logo de manhã
Ao romper da alvorada
Lá andava na sua lida
Para ver nascer o sol
E a linda madrugada
E lá ia ela cuidar
Das suas cabrinhas
Dos patos e das galinhas!
Por viver assim tão só
Não sentia tristeza
E dava graças a Deus
Pelo pão que tinha à mesa
Não passava necessidade
Porque muito trabalhava
Apesar da sua idade
Cultivava a sua horta
Couve, alface, cebola,
Alho, batata, feijão,
Tinha tudo o que precisava
Ali mesmo à mão
Ali tudo ia plantar
E a terra abençoada
Tudo lhe ia ofertar!
Sua horta parecia um jardim
Por ela tão bem cuidada
Foi sempre a sua vida
Já estava habituada
Gostava de levar os dias
Nessa vida que tanto gostava
Gozava de boa saúde
E por isso trabalhava!
A vida ao ar livre
Lhe dava saúde e energia
Se deitava sempre cedo
Para se sentir bem
No novo dia!
E na sua pobreza
Não tinha ambição
Se sentia feliz
E paz no coração!
Cozia o pão no forno
Fazia carne assada
Cozia os marmelos
E fazia marmelada
E da sua cabrinha
Que ela tratava tão bem
Fazia queijinho fresco
Do leitinho que ela tem
E do rio que lá passava
Ela lá ia pescar
Tinha sempre peixinho
Para poder assar
Era uma mulher de armas
Assim se costuma dizer
Os anos se iam passando
Mas não se deixava abater!
Queria ser forte até ao fim
Ah! E também cuidava
Das árvores de fruto
E das flores do seu jardim
E assim com esta vida
Cuidando da horta, do jardim
E dos seus animais
Não sentia solidão
E tinha por companhia
O seu gato e o seu cão.
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Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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