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O REGRESSO
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Homem que vais para a guerra
Deixas tua casa teu lar
Deixas mulher e filhos
Que ficam por ti a chorar.
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Os anos se foram passando
Nunca mais te voltaram a ver
Seu desgosto era tão grande
Sempre por ti a sofrer.
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Choraram tanta lágrima
Seus olhos não se foram secar
Sempre com a esperança
De te verem regressar.
◊◊◊
Os anos se foram passando
Dele nada sabiam
Mas um certo dia
À porta lhe batiam.
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Foram ver quem era
A porta se abriu
Um homem de barbas
À sua frente surgiu.
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Que quereis bom homem
Que eu vos possa dar…
Um bocadinho de pão
Para a fome eu matar.
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Decerto que te vou dar
Não só um bocadinho de pão
Mas um bom jantar
Que te sirva de refeição.
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Primeiro lhe arranjo água
Para se ir lavar
Vejo que está sujo
Cansado de caminhar.
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Então ele sorriu
Num sorriso amargo e doce
Essa mulher que bem conhecia
Nova vida lhe trouxe.
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O homem assim fez
E depois de comer
Cortou as grandes barbas
E se deixou conhecer.
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Tu !!! És tu
Mal podia falar
A emoção cortava a voz
Entre soluços a chorar.
◊◊◊
Era grande a surpresa
Nem podia acreditar
Lançou-se em seus braços
E se foram abraçar.
continua
◊◊◊
Os filhos foram também
A seu pai abraçar
Juntos agradecem a Deus
Por ele voltar ao lar.
◊◊◊
Se fez uma enorme festa
Com muita animação
Pois agora estava ali
O homem do seu coração.
◊◊◊
Havia flores em todos os cantos
Como pronúncio do amor
Onde durante tantos anos
Ali chorou a sua dor.
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E naquela casa
Onde a tristeza existia
Passou a haver felicidade
E também muita alegria.
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Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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