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O GAFANHOTO
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Estava um gafanhoto sentado numa
enorme pedra, com o seu violão e
começou a tocar uma linda canção.
Todos os insetos começaram a escutar
e se foram aproximando, para ver quem
estava tão bem cantando.
Primeiro vieram todos os gafanhotos,
eram tios e tias, primos e primas, um
enorme batalhão, fizeram uma enorme
roda, se sentaram à sua volta ali
mesmo no chão, depois todos os insetos
que andavam por ali a voar, também o
queriam ouvir a tocar e a cantar.
Ali se juntou tanta bicharada, que o
gafanhoto começou a tocar uma
desgarrada, em seguida cantou um fado,
depois uma linda canção, todos
batiam palmas em grande ovação.
O gafanhoto comovido lhes agradecia
fazendo vénia e acenando
com a mão e lá continuou a tocar.
Mas alguns insetos começaram a fazer
comentários por causa do violão, onde
será que o encontrou?
Outros diziam devia ser da família,
decerto ele o herdou!
Outros diziam isso não interessa, não
vem nada agora a calhar, o que todos
queremos é ouvi-lo a tocar e a cantar.
E ele cantava tão bem, era um regalo
ouvir aquela voz tão afinadinha, dali os
insetos não queriam mais sair, nem lhes
dava o sono, queriam era estar todo
dia e toda a noite a ouvir a sua voz e as
canções mais belas
que o gafanhoto cantava.
Mas o dia chegou ao fim e ele de tão
cansado, largou o violão
e deitou-se a seu lado.
Todos exclamaram! Oh que pena estar
assim tão cansado, queríamos ouvir
só mais um fado!
O gafanhoto despediu-se com toda a
simpatia, pois precisava de descansar
para estar em forma no outro dia.
E toda aquela plateia teve de dispersar
e ás suas casas regressar.
Mas com a promessa feita pelo
gafanhoto cantor, que no outro dia ali
estaria com o seu violão, para
lhes tocar e cantar a mais linda canção.
foi difícil de os convencer estavam tão
entusiasmados, pois nunca tinham ouvido
música e canções tão bonitas, tocadas e
cantadas por um gafanhoto, também
queriam ser como ele, mas não
tinham talento, ficaram um tempo ali em
conversa, por fim convencidos lá se foram
embora, todos a voar muito contentes,
com a esperança no outro dia
regressarem, não queriam de maneira
nenhuma perderem esse espetáculo.
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Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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