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O CARTEIRO
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Deixa-me ir à caixa
Do meu correio
Para ver as cartas
Que lá estão
O carteiro já passou
Olha as horas que já são
E o pobre do carteiro
Numa azáfama sem fim
Distribui cartas para todos
E também trás para mim
Toda a vida tem espinhos
A do carteiro também
Agora anda de mota
Distribuindo as cartas que tem
Antigamente o carteiro
A pé ou de bicicleta
As cartas ia entregar
Connosco um pouquinho
Ficava a conversar
Fazíamos amizade
Esperávamos sempre
Por ele aquela hora
Se escreviam mais cartas
De que se escrevem agora
Ninguém tinha telefone
Só em determinado lugar
Para quando precisássemos
Lá irmos telefonar
Perdeu-se o hábito de escrever
Quando queremos comunicar
É pelos telemóveis
Que todos vamos falar
Estamos no tempo da tecnologia
Tudo se resolve mais rápido
Aí está a diferença
Mas não deixo de dizer
Que era muito bonito
As cartas…
Que se iam escrever!
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Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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