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A MINHA JANELA
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Janela baixinha
Bem rentinha ao chão
Por ela eu prendi
O meu coração.
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Numa rua estreitinha
Por ela entrava o luar
E na minha janela
Lá estava a namorar.
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Ó minha janela
De flores enfeitada
De cores tão belas
E eu encantada.
◊◊◊
Encantada eu estava
Com a cor da lua
Na minha janela
Virada prá rua.
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Com a luz da lua
Nas noites de luar
Tudo era tão belo
Quando ia namorar.
◊◊◊
Ó minha linda janela
Te recordo com saudade
Hoje não se namora à janela
Há toda a liberdade.
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Não se podia transgredir
Nesses tempos passados
Todos os nossos passos
Eram controlados.
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Para dar um passeio
Com o namorado
Ia sempre alguém
Ali ao nosso lado.
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Eram assim
Os tempos de outrora
Muito diferentes
Dos tempos de agora.
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Com os pais
Se teria de falar
Para depois
Se puder namorar.
◊◊◊
Tinha tudo de ser
Muito direitinho
E tínhamos que ter
Muito juizinho.
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Mas na idade da juventude
Cá dele o juizinho
E sem ninguém ver
Lá ia um beijinho.
◊◊◊
Se lhes dava sempre a volta
Por mais que nos fossem vigiar
Íamos sempre conseguir
Mais uns beijinhos dar.
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Mas não me posso esquecer
Da minha linda janela
Onde eu ia namorar
E via o luar através dela.
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Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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