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A CANTARINHA
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Cantarinha de barro
Tantas vezes foste à fonte
Mas não foste sozinha
Fui eu que te levei
Na minha cabecinha!
Tinhas asas e não voavas
Para casa ires regressar
Pois era isso que eu queria
Para em mim não ires pesar
Minha mãe me mandou à fonte
Logo fui a saltitar
Com a minha cantarinha
Caiu ao chão a fui quebrar!
Ai minha cantarinha de barro
Que grande tristeza a minha
Fiquei a olhar para ela
Ao ver os cacos que ela tinha
Voltei pra casa a chorar
Tão triste desanimada
Minha mãe me animou
Pois outra me comprava
Agarrei-me a ela a beijei
Era tão pobrezinha
Eu não queria que gastasse
Dinheiro noutra cantarinha!
Ó minha mãe minha amada
Tão boa és para mim
Que te levo toda a água
Da fonte junto ao jardim
Minha mãe ficou contente
Por eu levar a águinha
Só á noite chegava a casa
Sempre tão cansadinha!
Minha mãe era tão boa
Não ralhava nem me batia
Eu muitas das vezes
Uma palmadinha bem merecia!
Ó minha querida mãe
De ti sempre me vou lembrar
Deus nos una no seu Reino eterno
Para nos irmos abraçar.
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Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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