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A    LIBELINHA

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    Chegou a Primavera e com ela lindas

flores, tão lindas de todas as cores e

nesse dia de sol, a libelinha de asas finas

e transparentes, voava de flor em flor

feliz muito contente! O beija flor andando

por ali pulando de ramo em raminho, sem

querer à libelinha  lhe arranca um

caracolinho.

 Libelinha de asas lindas caracóis a

enfeitar ficou tão tristonha

 num cantinho a chorar!

Desculpa minha amiga se tanto mal te

fiz, por um caracolinho

a menos te sentes tão infeliz?

Responde a libelinha chorosa

a soluçar me tiraste a formosura, mais

feia fui ficar.

   Não é verdade!... Não é verdade!... Sou

eu que  te digo, tu que és tão boa a

beleza está contigo!

  Quem lhe falava assim, quem tanto a

confortava, era a linda joaninha que

também por ali andava:-Então a libelinha

vendo a joaninha toda ás bolinhas tão

bonita e formosa, ficou ainda

mais triste desgostosa!

Me falas assim só para me animar, não

me convences, já não sou como tu e igual

àquela borboleta que ali anda a voar

de cor amarela olha, que linda tão bela!!!

   Já nada a convencia, o sol que tanto

brilhava, se fez escuro nesse dia.

  A joaninha que era sua amiga, já não 

sabia o que fazer para que a pobrezinha

não ficasse a sofrer, com toda a sua

coragem e sem desanimar, para a

libelinha ainda foi assim falar.

A borboleta tem pouco tempo de vida

sabes bem e voa alegremente gozando

o tempo que tem! Quanto à minha beleza

também vai terminar, não vou ficar como

tu, num canto a chorar.    

  Coragem minha amiga não sou de

falsidade, aceita como eu

esta simples realidade!

Depois de toda esta conversa lá ficou

convencida, se despediu da joaninha lhe

ficou agradecida e nesse lindo dia de sol,

que tanto brilhava a libelinha jurou que

nunca mais chorava.

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Maria Alda C. Ferreira