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A CIDADE DE COIMBRA
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Há quem pense que na cidade
Só há coisa lindas e belas
Também há casas velhinhas
Simples e tão singelas
Há ruas tão estreitinhas!
Prédios altos e encostados
Da janela a vizinha
Fala com a outra do lado
Tem árvores lindos jardins
Tudo tão bem cuidado
Todos que a visitam
Ficam de olhar pasmado!
A cidade há noite
Toda ela a brilhar
Montras tão bonitas
Que se podem admirar
No meio da cidade
O mondego encantador
Os namorados no choupal
Abraçados cheios de amor!
A Universidade que bela
Toda ela iluminada
Até parece ter dentro dela
Uma fada encantada
Coimbra onde os estudantes
Se juntam em noites de farra
Põem as capas pretas
Cantam e tocam guitarra!
Coimbra onde os estudantes
Se juntam a qualquer hora
Das noites são amantes
Terminam o curso e vão embora
Em Coimbra há sempre estudantes
Nunca podem faltar
Nessa Coimbra tão velhinha
Em doutores se vão formar!
E os museus ...
As Igrejas de rara beleza
São obras de grande arte
Desta Terra Portuguesa
O Portugal dos pequeninos
Que todos gostam de ver
É outra grande obra
Que não se pode esquecer
Há a quinta de D. Pedro
Onde Inês foi morrer
Esse Rei em desespero
Por ela foi enlouquecer
Quinta das lágrimas
Se ficou a chamar
Por tanta lágrima vertida
Pedro tanto a foi amar
Dele a Rainha querida!
Mondego que vais passando
E Pedro viste chorar
As lágrimas foram tantas
Que nunca foste secar
Há Santa Clara e o Convento
Onde outra Rainha viveu
Por tanto dar e amar
Na vida tanto sofreu
Seu nome era Isabel
Dava esmolas tinha bom coração
Por isso ela foi Santa
Em rosas se transformou o pão!
Há cafés esplanadas
Para a hora de lazer
Onde cada qual
Bebe o que lhe apetecer
Há casinos cinemas
Tanta diversão
Com tanta coisa boa
Muitos ficam sem tostão
Na cidade há de tudo
Tudo o que é necessário
Com tanta gente junta
É difícil cumprir horário!
Na cidade vive-se assim
Sem dar satisfação a ninguém
Cada um vive á sua maneira
Com aquilo que tem.
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Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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