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OS DOIS MENINOS
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Grili, grili, grili, cantava o grilinho na
sua casinha, escondida na erva fofa e
húmida do quintal grili, grili, grili.
Nesse mesmo instante, passavam por
ali dois meninos que ao ouvi-lo, ficaram
muito admirados, pois há muito tempo
que não ouviam um grilo cantar.
Ficaram muito quietinhos para não
fazerem barulho, não fosse o grilinho
ouvi-los e se calasse.
Então com voz muito baixinha, disse
um para o outro, tenho cá uma ideia com
uma palhinha seca vou apanhá-lo,
arranjo uma casinha pequenina e
ponho o grilinho dentro dela, vou tratá-lo
muito bem, dou-lhe alface para ele comer
e ter forças para cantar muito
e assim o ouço todos os dias.
O outro menino que estava a ouvi-lo
sem nunca falar, disse-lhe então em voz
baixa mas tristonha, não faças isso,
porque assim ele fica prisioneiro, era
capaz de não cantar e morrer de tristeza,
por lhe teres tirado toda a sua liberdade.
O outro menino depois de ter ouvido
todas estas palavra respondeu, tens
razão és um grande amigo, sabes dar
bons conselhos, vou fazer o que
me dizes, vou deixá-lo em paz a viver em
liberdade por estes campos e ele se vai
sentir mais feliz e quando quisermos
passamos por aqui para o ouvir cantar.
Os dois meninos se afastaram
pensando na boa ação que tinham feito.
O grilinho lá ficou
cantando grili, grili, grili.
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Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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