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NAQUELA ALDEIA

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Toda a gente se dava bem

Ali naquela aldeia

Comiam o que cultivavam

E viviam de barriga cheia!

Comiam o que era puro

Sabiam muito bem cuidar

Não utilizavam químicos

Para não lhes fazer mal

Não precisavam de médico

Nunca iam adoecer

Tinham saúde de ferro

Muitos anos iam viver!

Tinham leitinho da vaca

Para irem beber

Do seu leite e do da cabra

Faziam o queijo para comer

As galinhas punham ovos

Era um regalo ver

Eram tão amarelinhos

Para os bolos irem fazer!

E aos Domingos à tarde

Na lareira a fritadeira com azeite

Para fazer as filhós

De farinha, ovos e leite

A enorme cafeteira

Onde se fazia o café

A mesa posta com as canecas

Para beberem o café!

Depois no meio da mesa

Grande prato com as filhós

Comiam os pais e os filhos

E também os avós

E ainda chegava

Para quem fosse aparecer

Todos de bom grado

Os iam receber!

Gostavam dos seus animais

Andavam todos em liberdade

O porco rom, rom grunhia

E comia da horta

Só o que lhe apetecia

Mugia a vaca berrava a cabra

Carquejavam as galinhas

Lhes faziam companhia

Cantavam os galos

Era uma alegria!

Todos tinham comida

Ali ninguém passava fome

Tinham muitos frutos

De uma quinta enorme!

E neste viver tão simples

Onde existia a humildade

Não havia vida melhor

Onde reinava a felicidade!

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Maria Alda C. Ferreira